Os agentes do FBI (polícia federal americana) prenderam na manhã desta sexta-feira dois homens envolvidos no planejamento de um ataque a bomba contra a cidade de Nova York.
Segundo o agente especial do FBI Richard Kolko, os presos são Adis Medunjanin e Zarein Ahmedzay e a detenção faz parte de uma "investigação em andamento".
O FBI não revelou quais são as acusações contra os dois homens. Segundo a rede de TV americana CNN, eles teriam vínculos com o caso de Najibullah Zazi, acusado de conspirar para usar armas de destruição em massa em solo americano.
Motorista do aeroporto de Colorado, Zazi foi acusado de receber treinamento da rede terrorista Al Qaeda para construir bombas caseiras para atacar a cidade de Nova York em 11 de setembro de 2009. Ele negou a acusação.
Segundo o advogado de Medunjanin, Robert C. Gottlieb, os policiais confiscaram seu passaporte nesta quinta-feira. Ele é um imigrante bósnio que já foi questionado anteriormente por suposta conexão com Zazi.
Gottlieb disse ainda não ter sido notificado da prisão de seu cliente, que foi tratado de ferimentos leves em um acidente de trânsito.
O advogado afirmou que o mandado de busca indica que o passaporte foi confiscado como parte de uma investigação de conspiração para usar armas de destruição em massa.
Detroit
Também nesta sexta-feira, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallah, 23, que tentou explodir um avião americano rumo a Detroit no Natal, vai nesta sexta-feira à corte federal pela primeira vez desde sua prisão. Caso seja condenado, Abdulmutallah pode receber sentença até de prisão perpétua.
Abdulmutallah foi indiciado esta semana por seis crimes, incluindo tentativa de uso de arma de destruição em massa --que prevê pena de prisão perpétua-- e tentativa de homicídio, por um tribunal de Washington.
Com tanta atenção em torno do nigeriano --e as críticas ao serviço de inteligência americano por não ter conseguido impedir seu embarque com material explosivo--, especialistas dizem que a defesa tem poucas opções.
Advogados não envolvidos com o caso dizem que a defesa pode questionar as suas declarações ao FBI (polícia federal americana), pedir um exame de saúde mental ou considerar seriamente um acordo.
Conforme os documentos judiciais, Abdulmutallah foi acusado de embarcar com uma "bomba escondida" e podia "detoná-la quando quisesse, causando uma explosão a bordo do voo 253".
Não existe menção específica ao terrorismo nas sete páginas que formalizam o indiciamento, mas o presidente Barack Obama afirmou considerar o episódio um atentado frustrado contra os EUA arquitetado pela rede terrorista Al Qaeda --que reivindicou o ataque.
Abdulmutallah está na prisão federal de Milan, no Estado americano do Michigan. Ele teve seu visto para os EUA revogado. O rapaz havia recebido, em junho de 2008, visto para entradas múltiplas no país, com vigência de dois anos.
Fonte: UOL