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A proximidade do concurso de modding, técnica de modificação de gabinetes, na Campus Party 2010, está tirando o sono dos competidores favoritos. A montagem da torre do computador, os recortes em acrílico, pinturas e a organização dos cabos são só alguns desafios que os aficionados pela arte do casemod vão ter pela frente. Isso porque, dentro do evento da próxima semana, um concurso de modding vai premiar cases em diferentes categorias.
Modding na Campus Party
Erich Beall é um dos favoritos e está com a rotina completamente tomada pelo casemod. “Estou montando dia e noite há mais de um mês. É dedicação das 9h30 até a hora que alguém reclamar por causa do barulho”, afirmou o designer, conhecido como Yemerich no meio geek.
Para ele, é preciso dar um gás extra nos dias que antecedem o concurso. “Creio que é normal perder um pouco do sono por causa da onipresente ‘Lei de Murphy’ [na qual tudo pode dar errado]. É importante reduzir ao máximo as variáveis de qualquer projeto, mas sempre aparece uma surpresa desagradável”, completou.
Para evitar a Lei de Murphy e de impressionar os campuseiros e o público do evento com construções tunadas e diferentes, os competidores, chamados de modders, estão com suas oficinas e quartos de pernas para o ar.
Beall faz casemods desde 2003 e já venceu alguns concursos em 2007 e 2008. Apesar da experiência e do patrocínio para a Campus Party obtido pela Smartdata, alguns obstáculos atrasam o projeto. “Montei uma estrutura própria somente para a fonte de alimentação, mas a que tinha em mente não está disponível. Isso vai me forçar a modificá-lo. Mas o que é uma boa competição sem os desafios?”, questiona.
Um dos termômetros para Beall é sua namorada que, além de não ter ciúmes dos casemods, costuma dar pitacos. “Acho muito importante em qualquer área de criação ter a opinião de um leigo”, disse. O modder também disse que tenta convencê-la da beleza dos cases. “Tento vender meu peixe para ela. E se ainda assim não consegui o que queria, está na hora de reavaliar algum ponto específico”.
Já Maciel Barreto, outro favorito, tem 34 anos, mora na Bahia e já trabalha há três meses no projeto. O designer venceu algumas categorias dos concursos de modding nas edições passadas da Campus Party e se destaca pela criatividade, já que foge dos padrões de cases tunados para criar novos cases.
Em sua pequena cidade, Itajuípe, ao sul de Salvador, Barreto é famoso, principalmente após levar a categoria de melhor casemod na Campus Party 2009. O case vencedor, chamado de Morphius, é um robô prateado com detalhes em azul e dois olhos vermelhos.
Acampamento geek
Apesar das dificuldades e das horas perdidas de sono, o que vale para os competidores é o reconhecimento e um computador diferente e funcionando. E, para alguns, a chance de se dar bem com a arte do casemod. “Este ano, fiz os primeiros mods para venda e é algo com que pretendo ganhar a vida em um futuro próximo”, concluiu Erich Beall.
Uma competição de overclock, técnica para fazer algum componente do PC rodar acima do especificado pelo fabricante para melhorar seu desempenho, também está prevista para a Campus Party.
Máquinas com configurações idênticas serão colocadas à prova e a equipe que obtiver melhor índice em pontuação, por meio de softwares serão premiadas.
No evento, Alexandre Nuccini, coordenador da área de Modding, e Ronaldo Buassali, que representou do Brasil na final do Master Overclocking Arena (MOA), na China, em 2009, vão tentar quebrar o recorde mundial de overclock.
Fonte: UOL
