Ke$ha é a nova promessa da indústria para o pop de 2010.
Vampire Weekend volta sem os hits instantâneos da estreia em "Contra".
PITTY – “CHIAROSCOPE”
“Chiaroscope” é o registro visual do disco menos pop – no sentido de facilmente acessível – de Pitty, “Chiaroscuro”. Unido imagens de diferentes perspectivas, granulações, qualidades e momentos, o diretor Ricardo Spencer dá ao fã da cantora baiana a ilusão de mergulhar dentro das gravações do álbum, mostrando bastidores, brincadeiras e trabalho, muito trabalho. Para quem gostou do disco, é uma boa experiência – a câmera ágil e sem muita frescura dá leveza à típica claustrofobia da experiência em estúdio. Todas as músicas estão lá, do hit “Me adora” e a animada trapézio a baladas como “Só agora”. Destaque nos extras para o vídeo de “Sob o sol”, com letra e imagens criando uma outra perspectiva sobre a Salvador natal de Pitty.
KE$HA – “ANIMAL”
No maravilhoso mundo da música pop, todo fim de ano traz as suas listas de apostas – algumas só com aquilo que os críticos gostam, outras mostrando as novas maquinações da indústria. Nos anos 00 foram as mulheres (lideradas por Britney Spears e pela ressurreição da Madonna hitmaker) que deram as cartas nesse campo, e 2010 não deve ser tão diferente. Ke$ha é o principal novo nome da turma de 2010, especialmente pelo seu inevitável hit “Tik tok”, que, misturando hip hop e pop dançante, bateu recordes de vendas on-line no início do ano. Mas passar da barreira do one hit wonder é um desafio para qualquer artista nesses tempos de fast food para os ouvidos. “Animal”, seu disco de estreia, é acelerado, impaciente, enérgico, feito diretamente para as pistas. Enquanto faixas como “Kiss ‘n tell” atropelam a si mesmas, “Dinosaur” é daqueles hits bobos mas eficientes – e no caso dessa geração, entrar para a história da música não parece a ambição mais valorizada.
BUIKA - "EL ÚLTIMO TRAGO"
Mesmo suspeito para avaliar, o produtor Javier Limón acerta ao afirmar que "El Último Trago" nasceu como um clássico. O disco da cantora Concha Buika, espanhola nascida na Guiné, transborda elegância. Primeiro, pela voz intensa de Buika, que faz uma interpretação apaixonada dos boleros e canções de amor inspirados no repertório da mexicana Chavela Vargas, homenageada aos 90 anos. Depois, pela companhia: o pianista cubano Chucho Valdes e seu grupo, que emprestam refinamento e dão um tom jazzistico ao CD. Buika e Valdes se juntaram em abril de 2009, em Havana, para criar a pérola em somente 11 horas de gravação, que o cineasta Pedro Almodovar, um confesso "devoto" de Chavela Vargas, abençoa no texto de apresentação.
VAMPIRE WEEKEND - "CONTRA"
Com suas melodias ensolaradas e visual de universitários típicos da Costa Leste dos EUA, o Vampire Weekend conquistou os corações da crítica indie com o disco homônimo de estreia em 2008. O disco sucessor, “Contra”, de 2010, pode por sua vez afastar parte dos fãs – pelo menos aqueles que confiavam apenas no ritmo pulsante e nos riffs mais grudentos do debut afro-pop do quarteto. O que não quer dizer que o grupo tenha piorado – apenas está menos óbvio. “Contra” abre com a arrebatadora “Horchata” e segue disparando para todos os lados – seja misturando highlife e autotune em “California english” ou steel drums , eletrônica caribenha e cordas em “Diplomat’s son”. Para quem sentir falta da aceleração do álbum anterior, o Vampire Weekend responde com a frenética “Cousins”, com guitarras surf e a indefectível voz de Ezra Konig.
FOnte: G1Vampire Weekend volta sem os hits instantâneos da estreia em "Contra".
PITTY – “CHIAROSCOPE”
“Chiaroscope” é o registro visual do disco menos pop – no sentido de facilmente acessível – de Pitty, “Chiaroscuro”. Unido imagens de diferentes perspectivas, granulações, qualidades e momentos, o diretor Ricardo Spencer dá ao fã da cantora baiana a ilusão de mergulhar dentro das gravações do álbum, mostrando bastidores, brincadeiras e trabalho, muito trabalho. Para quem gostou do disco, é uma boa experiência – a câmera ágil e sem muita frescura dá leveza à típica claustrofobia da experiência em estúdio. Todas as músicas estão lá, do hit “Me adora” e a animada trapézio a baladas como “Só agora”. Destaque nos extras para o vídeo de “Sob o sol”, com letra e imagens criando uma outra perspectiva sobre a Salvador natal de Pitty.
KE$HA – “ANIMAL”
No maravilhoso mundo da música pop, todo fim de ano traz as suas listas de apostas – algumas só com aquilo que os críticos gostam, outras mostrando as novas maquinações da indústria. Nos anos 00 foram as mulheres (lideradas por Britney Spears e pela ressurreição da Madonna hitmaker) que deram as cartas nesse campo, e 2010 não deve ser tão diferente. Ke$ha é o principal novo nome da turma de 2010, especialmente pelo seu inevitável hit “Tik tok”, que, misturando hip hop e pop dançante, bateu recordes de vendas on-line no início do ano. Mas passar da barreira do one hit wonder é um desafio para qualquer artista nesses tempos de fast food para os ouvidos. “Animal”, seu disco de estreia, é acelerado, impaciente, enérgico, feito diretamente para as pistas. Enquanto faixas como “Kiss ‘n tell” atropelam a si mesmas, “Dinosaur” é daqueles hits bobos mas eficientes – e no caso dessa geração, entrar para a história da música não parece a ambição mais valorizada.
BUIKA - "EL ÚLTIMO TRAGO"
Mesmo suspeito para avaliar, o produtor Javier Limón acerta ao afirmar que "El Último Trago" nasceu como um clássico. O disco da cantora Concha Buika, espanhola nascida na Guiné, transborda elegância. Primeiro, pela voz intensa de Buika, que faz uma interpretação apaixonada dos boleros e canções de amor inspirados no repertório da mexicana Chavela Vargas, homenageada aos 90 anos. Depois, pela companhia: o pianista cubano Chucho Valdes e seu grupo, que emprestam refinamento e dão um tom jazzistico ao CD. Buika e Valdes se juntaram em abril de 2009, em Havana, para criar a pérola em somente 11 horas de gravação, que o cineasta Pedro Almodovar, um confesso "devoto" de Chavela Vargas, abençoa no texto de apresentação.
VAMPIRE WEEKEND - "CONTRA"
Com suas melodias ensolaradas e visual de universitários típicos da Costa Leste dos EUA, o Vampire Weekend conquistou os corações da crítica indie com o disco homônimo de estreia em 2008. O disco sucessor, “Contra”, de 2010, pode por sua vez afastar parte dos fãs – pelo menos aqueles que confiavam apenas no ritmo pulsante e nos riffs mais grudentos do debut afro-pop do quarteto. O que não quer dizer que o grupo tenha piorado – apenas está menos óbvio. “Contra” abre com a arrebatadora “Horchata” e segue disparando para todos os lados – seja misturando highlife e autotune em “California english” ou steel drums , eletrônica caribenha e cordas em “Diplomat’s son”. Para quem sentir falta da aceleração do álbum anterior, o Vampire Weekend responde com a frenética “Cousins”, com guitarras surf e a indefectível voz de Ezra Konig.